sábado, 20 de junho de 2009
Gaveta de lágrimas
:: Direto do estranho ano de 2005. Enfim, o tempo passou. ::
Quando tudo parece irreal, e o meu lugar foge de casa, eu liberto algumas lágrimas velhas que insistem em se internar no meu corpo-hospício. Digo a elas que estão curadas, pois longe dos meus olhos o sal vira sanidade e distante do meu rosto a água vira santidade. Eu grito: líquido ancião, evapore! E já nesse momento, sinto a corrosão da inveja. Sonho com o calor que me faria evaporar, mas continuo louca e concreta, esperando o real me engolir. Dentro de mim, o lago de dores inefáveis vai se acalmando em absurdos para que tudo pareça normal. E o meu lugar, enfim, me pede perdão. Até a próxima fuga.
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Um comentário:
Oi,
Estou seguindo seu blog agora.
Fiquei encantado com a apresentação de "Coisas da Atriz". Seu livro é fantástico e a apresentação é linda!
A outra Lella disse que quando chegou em casa não resistiu e releu os poemas que vivenciamos.
Parabéns. Grande abraço.
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