sábado, 28 de fevereiro de 2009

A equilibrista


Num é pussive que uma coisa assim
Se acunteça pra mais de cem veis
Sem que na cabeça dura duma equilibrista
Num entre um quezinho siqué de equilibrismo


Se a arteira sabe inté amestrá corda pindurada no céu
Que santo num vai ajudá a coitadinha a amestrá gênio ruim?
É bem certo que o tombo no circo é de ardência inferior
Modiquê as queda da vida rumam pra buraco mais fundo

(Daqueles que cabe toda a água de mar
Se ele existisse nessas banda seca de sal
E toda água de rio
Se ele vivesse nesses lado pobre de leito)

O mais danado é que a equilibrista
Não carece de comida boa ou cama quente
Muito lhe deu Nosso Senhor Seja Louvado
Mas a amargura dos homi só adoça com maidemil quilo de açúcar

Lá no alto do trapézio, diz ela, nem vóis, nem palma
Nem pedido, nem amô pode chegá
Se é assim, é só a disubidiente esticá as mão
E pedi auxílio do Divino
Inveis de fechá os óio pra se espiá a si própria mais de perto
E perdê toda a beleza que pipoca na lona cheia de cô


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